segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Nossa história


O que vou relatar aqui, podemos chamar de um caso de sucesso.
Mas não pensem que é um estudo de caso de alguma empresa que se saiu bem na vida.
Quando falo caso é no sentido de relacionamento, relação passageira entre duas pessoas. Relacionamento sem compromisso, sem futuro...
Passei por algumas situações embaraçosas na minha vida sentimental ao longo da faculdade e a verdade é que ninguém mais conseguia me empolgar, me fazer apaixonar-se. Ninguém conseguia me fazer suspirar.
Era o último ano da faculdade e minha cabeça estava a mil. Era o momento de arrumar um estágio ou um emprego, as coisas estavam difíceis, mas eu era esforçada e por isso, nem tinha cabeça para relacionamentos.
Lembro-me que durante as provas de 1º bimestre (denominadas na época de PR1), mais especificamente durante minha prova de Modelagem e Simulação, um rapaz alto entrou na minha sala e escreveu no quadro algo sobre uma formatura junto com o turno da noite. Não o vi, não sabia seu nome e nem como era o seu rosto, nem ao menos ouvi sua voz, mas após o encerramento da prova, o burburinho em relação a possível participação do turno da manhã na formatura do turno da noite começou.
Até aquele instante não havíamos nem sonhado em formatura, visto que éramos apenas 4 alunos fixos e alguns “gatos pingados” que variavam. O convite para fazer a formatura junto com o turno da noite nos fez sonhar com uma formatura, em ter uma festa, uma bonita cerimônia.
O Alessandro se encarregou de entrar em contato com aquele rapaz da comissão de formatura via email e passar o nome dos interessados, mas no dia de marcar para pegar os contratos, ele não podia e a comissão entrou em contato comigo. Prontifiquei-me de ir mais cedo para a faculdade e encontrar o tal rapaz.
Lembro-me bem daquele dia. Era uma terça-feira, dia 06 de abril, 7:30h da manhã, eu teria dentro de 20 min aula com o prof Wlamir, de Tópicos Especiais, na qual eu estudava PHP. Em frente a sala havia um banco que costumávamos sentar enquanto esperávamos o laboratório ser aberto. Não me lembro com qual roupa estava, mas tenho a certeza de que não estava arrumada, nem empolgada. Fui ali apenas tentar viabilizar a nossa participação na formatura.
Não conhecia o tal rapaz que me levaria o contrato, apenas sabia o seu nome, mas não foi difícil saber quem ele era. Um rapaz alto aproximou-se da porta do laboratório e olhou como se procurasse alguém. Eu, que estava sentada no banco, olhei para cima e em tom de pergunta disse:
- Josimar?
- Anna Paula? Ele respondeu.
Ambos rimos e em poucos minutos conversamos tanto, de forma tão agradável, que parecia que éramos amigos de infância. A confiança estabeleceu-se entre nós de forma tão natural que nem li o contrato, apenas confiei e assinei. A conversa era muito agradável para perder tempo com leituras chatas.
O professor chegou e eu tive que entrar em sala. Alguns minutos se passaram, quando ele pediu ao professor para entrar e usar o computador. Naquele momento algo aconteceu dentro mim que até hoje não sei explicar, mas os meus olhos se voltavam para ele como se eu tivesse hipnotizada. Não conseguia explicar o que me chamava atenção e nem poderia imaginar o que ele representaria um dia em minha vida.
O tempo passou e o fim do ultimo período da faculdade estava bem próximo.
Os formandos estavam com os nervos a flor da pele e as ofensas ao Max (comissão de formatura) aumentavam cada vez mais.
Até hoje não sei porque não entrei naquela briga também. Porque não quis aproveitar que os ânimos estavam agitados e cuspir todas as minhas insatisfações para todos. A minha atitude foi inversa.
Lembrei-me da simpatia com a qual havia sido tratada pelo Josimar e mandei um email para ele falando de minhas insatisfações e aconselhando-o a se fazer mais presente como comissão para não deixar o Max atolado. Como resposta, recebi um email agradabilíssimo.
Depois daquele dia que nos encontramos para assinar o contrato, passamos 7 meses sem nos ver.
Era 6 de novembro, uma manhã de sábado ensolarada e tivemos que ir a faculdade. Era o dia de tiramos as fotos da formatura. Logo que chegamos dei de cara com ele e aquela vontade de olhá-lo veio com toda força novamente. Mas infelizmente não tivemos muito tempo para conversa, visto que era muita gente e todas querendo tirar duvidas com a comissão. Neste dia combinei com ele que passaria na noite de segunda na faculdade para lhe entregar o cd com a minha musica para colação de grau.
Passei o fim de semana envolvida com meu projeto final. Na segunda-feira minha vida seguiu seu curso normal. Pela manhã fui dar aula, a tarde fui para o estagio e a noite, conforme combinado fui para a faculdade. Passei horas esperando o Josimar enfrente a sala que ele estudava e nada dele aparecer. Conversei com vários colegas que esperavam também por ele.
Ao contrario daquela primeira vez que nos vimos, naquele dia eu estava mui bela. Havia feito um rabo de cavalo bem alto com meus cabelos escovados. Estava com uma blusa branca de linha e uma calça jeans nova, que deixava minhas curvas bem acentuadas. Nos pés tinha uma sandália da Botanopé, com um salto de 12 cm. A noite estava fria e eu vestia uma jaqueta de couro preta.
Logo que ele chegou, troquei algumas palavras, entreguei o cd e levantei-me para ir embora. Naquele momento ele me olhou de verdade pela primeira vez. Olhou bem fundo, de baixo em cima, em dei um sorriso e me despedi. Dei alguns passou em direção a saída e olhei para trás e lá estava ele olhando para mim. Voltei meu olhar para frente e pensei: “Mais cedo ou mais tarde ele vai me ligar”. Fui para casa e descansei.
Não podia imaginar que o telefonema viria tão rápido.
Na manhã seguinte, uma terça-feira, estava me arrumando par ir para o estagio, quando meu celular tocou. Do outro lado da linha uma voz falou:
- Anna?! Aqui é o Josimar da comissão de formatura, você tem algum telefone fixo que eu possa te ligar agora?
Respondi que sim e passei o numero da minha casa. Instantes depois o telefone tocou. Era ele. Pediu-me que ficasse responsável pelo recolhimento das fotos do turno da manhã e me pediu que passasse meu MSN para que ele pudesse conversar comigo ao longo do dia.
Não imaginei que longa fossem ser as nossas conversas... Nossos bate papos no MSN geraram uma forte amizade, cheia de cores!!
A partir daí foram várias idas e vindas, rolos e desentendimentos. Muitos achavam que não era para ser, mas ...
No dia 07/09, eu cansada desses rolos e desentendimentos, tomei uma decisão muito séria: largar definitivamente o Josimar.
Marcamos de nos encontrar para conversar e eu fui bem clara dizendo que daquele dia em diante estava desistindo dele.
Resumindo, naquele dia passamos a namorar. O nosso namoro, nosso amor é sinônimo de superação. Perdoamos um ao outro de maneira inigualável, que um ser humano qualquer, em nosso lugar, não seria capaz de perdoar. Perdoamos em nome do amor que nem sabíamos que já existia dentro de nós.
Desse dia em diante não demorou muito para decidirmos casar. Afinal, depois de tanto tempo já sabíamos o que queríamos. Assim que compramos nosso apartamento, resolvemos marcar a data... mas isso é assunto para outro post...

Um comentário:

Anônimo disse...

Amiga que lindo . Linda sua história . A história de vocês dois . Adorei cada detalhe . Lembro de algumas conversas que tivemos de alguns problemas pelo qual este relacionamento passou . Mas o que é pra ser ....
E agora estão ai , felizez e anciosos rs . Falta pouco . Te amo amiga !!!!!! Sua amizade é um presente . Um presentão . Beijos no coração . Ah , preciso conhecer o Josimar pois ainda não o vi pessoalmente .